quarta-feira, 21 de julho de 2010

90 Anos de bons exemplos de D. Emilia Ferreira Dias



 O Lions Clube de Três Lagoas viveu um momento histórico desde a sua fundação. No sábado, dia 17 de julho de 2010, a senhora Emilia Ferreira Dias festejou ali seus 90 anos, numa alegria contagiante, entre familiares e amigos.
  EMILIA FERREIRA DIAS, nasceu em Taubeiras (MG) no dia 17 de julho de 1920.  Casada com o saudoso Plácido Souza Dias, o matrimônio dos dois aconteceu em Pajeu (MG) nos idos de 1938; desta feliz união nasceu já em 1940 seu primeiro filho Rolenberg; 1942 veio Judite; em 1944, Gilson.
Em 1946, eles mudaram para Monte Claro (MG); naquele lugar nasceram mais três filhos: João, Isaias e Elisabeth, totalizando ai seus seis filhos.
  Rolenberg, sub-tenente da reserva das Forças Armadas Nacionais, tem cinco filhos e casado com Suely Aparecida; Judite, líder do lar, casada com Valter da Silva, tenente da Aeronáutica, quatro filhos; Gilson é o único da família que ficou solteiro, preferiu ficar junto com a mãe para cuidar dela com mais amor, chegou a receber um prêmio nacional da medalha “Operário Padrão”; Elisabeth Dias dos Santos, casada com o empresário Luiz Gonzaga Santos, popular Luiz Gerê, tem três filhos; Beth é famosa em Três Lagoas como “Rainha do Bolo”, a mulher que mais deliciosos bolos faz para Três Lagoas e toda região; João Ferreira Dias é comerciante divorciado e tem dois filhos; Isaias Cordeiro de Souza é aposentado com relevantes serviços prestados ao Banco Bradesco, casado com D. Lina Pelição, são pais de dois filhos.
  Dona EMILIA nesse apostolado de bom viver, plantar exemplos ao longo de sua vida de santidade, apresenta ainda um total tem 16 netos e 12 bisnetos.
  SUA LINDA HISTÓRIA
  Em 1954 da histórica cidade de Monte Claro (MG) a família resolveu vir morar, em busca de trabalho, na cidade de Andradina, mais precisamente em um lugarejo denominado Planalto. Resolveu vir morar por essas bandas pela razão da mãe de D. Emilia já estar residindo naquela cidade de muito trabalho; lembra D. Emilia, falando com muita emoção à nossa reportagem, que “levou uma semana de trem com toda a família”. Relata que no “percurso tiveram muitas dificuldades, inclusive com acidente de trem, aonde 54 pessoas tiveram suas vidas ceifadas”; mesmo assim ela, seu saudoso esposo e filhos não perderam a fé em Deus e também na terra prometida; chegaram lembra ela, “no domingo de páscoa à noite naquela estação ferroviária de Andradina somente com algumas malas e a roupa de corpo”.
Sua mãe, saudosa Idalina Marina de Jesus, estava ali para dar a asa de apoio a toda família; D. Emilia lembra que “a mãe faleceu com 105 anos de vida”.
Logo na manhã de segunda-feira, foram todos trabalhar na coleta de algodão. Seu esposo, o saudoso Plácido, tinha o talento pro lado da cerâmica; artista em fazer vasos; assim começou a vida deles de trabalho: “enquanto a família trabalhava na lavoura, na cidade paulista, seu Plácido sempre vinha para Três Lagoas sondar para morar por aqui”, conta dona Emilia.
  Em 1956, eles vieram para Três Lagoas, e ai o seu Plácido foi trabalhar na Cerâmica Guerra como ceramista; o trabalho artesanal que ele realizava com os vasos, e vários outros, era dividido com o proprietário da cerâmica, o que sempre dava para manter a família.
  Dona Emilia emocionada nos conta que seu primeiro emprego em Três Lagoas foi com a família Perón, no hotel Modelo; ela que vinha da roça, teve no seu primeiro emprego a função honrosa de passadeira de roupa; seu trabalho no hotel tinha como trato dela almoçar e levar a janta para todos os filhos; assim, por algum tempo, ela prestou trabalho naquele hotel.
  Certo tempo depois, com o ponto alto na colheita de algodão na terra do rei do gado, Andradina, eles voltaram para lá e foram trabalhar naquela rendosa atividade; a importância era que nessa colheita trabalhavam todos, adquirindo ótima produtividade; “pena que era por um período muito curto”, conta a bondosa bisavó.
Lembra dona Emilia: “desta vez também, trabalharam na região de Muritinga do Sul (SP), na propriedade do saudoso senhor Toninho Biazetto”.
  Nesta época, menos o esposo, o saudoso Plácido que também passou pela cerâmica do Julio Fernandez, tiveram uma passagem de trabalho na fazenda Água Limpa, do José Mundinho; lá dona Emilia conta que “tocou com muito amor uma fábrica de farinha, com um grande mandiocal, enquanto o seu Plácido trabalhava também na implantação de uma cerâmica na fazenda”.
  Já nos idos de 1958 mudaram definitivamente para Três Lagoas; chegaram e foram direto morar no hotel Luzo Brasileiro, propriedade de D. Amélia e João Amizade. Dona Emilia lembra, e lágrimas de emoção correm em seu rosto, que “foi trabalhar no hotel junto com suas filhas, Beth e Judith, para pagar toda hospedagem da família”; Rolenberg foi trabalhar no posto Jason, como lavador de carros. Os outros filhos ficaram ajudando no hotel, ou acompanhando o pai, na olaria.
  D. Emilia conta que depois “o seu Abílio Siqueira e esposa compraram o Bar Esporte, do José Scarans”; convidada, dona Emilia foi trabalhar lá. Durante muitos anos trabalhou com “aquele homem tão digno e aquele família tão honrada do saudoso Abílio Siqueira”; sua filha Toninha Campos esteve na grande festa e foi “uma alegria para mim, ver aquela tão querida jornalista por lá”, disse emocionada dona Emilia.
Depois, fixaram residência na Rua Paranaíba, perto do Posto Texaco e vizinha da família do jornalista Luiz Corrêa da Silveira Filho; na grande festa que marcou os 90 anos, em seu discurso, Luizinho fez questão de frisar “sobre a família tão honrada que perto dele morou”.
  A GRANDE FESTA DE 90 ANOS
  O filho Isaias foi quem comandou todo o cerimonial; outro filho Rolenberg foi quem falou, muito emocionado, de sua mãe querida; Toninha Campos registrou “o imenso amor que tem em sua segunda mãe”. Dona Emilia, a grande aniversariante do dia, foi quem emocionou a todos com o seu discurso “agradecendo a todo mundo”. Foram momentos inesquecíveis. Abraços, carinhosos sorrisos de agradecimentos; orações de uma família feliz e realizada, capaz de ser o maior exemplo para todos os seus conhecidos, e ali presentes.
  Houve um momento especial quando Luizinho, jornalista e diretor do Jornal Correio de Três Lagoas, entregou de presente à aniversariante um exemplar do livro “Santo Antônio de Campo Grande”; ela agradecida e emocionada pediu que registrasse uma foto, para que ficasse guardado na memória de todos.A família mora, por muitas décadas, na rua municipal 1.475. Lembra dona Emilia que “com muito sacrifício montou ali sua casinha, comprada com material de desmanche da vila piloto, vila essa que nasceu e cresceu com a construção da usina Jupiá”.
 O jornalista Luiz Corrêa foi quem convidou a todos para cantar “os parabéns pra você”. Marca de amor, carinho, reconhecimento, foram os momentos desse inesquecível 17 de julho de 2010; Três Lagoas e região, suas autoridades, e o povo em geral, marcarão definitivamente um novo raiar de luzes, com o registro dessa importante data.
  Dona Emilia Ferreira Dias: PARABENS !! PARABENS !!! e PARABENS, para toda a sua vida !!!
Por Arthur Jorge do Amaral, da União Brasileira de Escritores – UBE/MS, e-mail: arthurjdoamaral@uol.com.br

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